domingo, 25 de julho de 2010

Gulosa!

Eu digo que nem sou muito gulosa, mas há uns pãezinhos doces que eu gosto muito: os pães de deus :)

Eu como-os de qualquer maneira, mas aquela maneira que me leva às nuvens, aquela que eu gosto mesmo, mesmo, é abertos ao meio, barradinhos com manteiga num dos lados e com uma fatia de queijo e outra de fiambre - o chamado pão de deus misto :) Ai que delícia!

Ora num destes dias, ao passar pelo blog da Fada do Lar, dei de caras com uma receita destes pães que ela gentilmente partilhou no seu cantinho. Obrigada Fadinha :)

Eu fiquei com a dita fisgava e não descansei enquanto não tive um tempinho para experimentar fazer cá em casa.

E esse dia chegou ontem.

Como alterei um pouco a receita, deixo-vos agora com a minha versão:

Parte 1: Preparação da massa

1) Usei farinha preparada, marca Continente, para Pão Brioche e segui a receita para a MFP.

2) Escolhi o programa de "massas levedadas" (na minha máquina é o 11).

3) No fim do tempo do programa, enfarinhei bem as mãos e o tabuleiro do forno e moldei pequenas bolas que dispus a alguma distância umas das outras (convém enfarinhar bem o tabuleiro para que se facilite a descolagem dos pães depois de cozidos).

4) Deixei a levedar por 40 minutos dentro do forno desligado.

Parte 2: Preparação da cobertura

Ingredientes:
- 80 gr. de coco ralado
- 50 ml de leite
- 2 colheres de sopa de açúcar
- 2 ovos
- 1 colher de sopa de leite
- açúcar em pó q.b.

1) Numa tigela misturar o coco, com o açúcar, os 50 ml de leite e as duas claras de ovo. Misturar até formar uma papa compacta e homogénea.

2) À parte, mexer as gemas com uma colher de sopa de leite.

Parte 3: Preparação das bolinhas

1) No fim dos 40 minutos das bolinhas estarem a levedar, pincelei-as ao de leve com a mistura das gemas e leite (coloquei leite para dar maior fluidez às gemas; não se preocupem se a mistura escorrer para o tabuleiro) e cobri com a papa de coco, que preparei anteriormente. É importante fazer esta parte com cuidado para que a massa não baixe e deve ser-se generososo na quantidade de papa que se coloca :)

Minutos antes de irem ao forno

2) Levei ao forno pré-aquecido a temperatura média-alta (170ºC) durante 25 minutos (gosto deles bem cozidos e com um aspecto bem bronzeado).

3) No fim, polvilhei os pãezinhos com açúcar em pó.



Saídos do forno e já polvilhados

Só vos posso dizer que ficaram divinais. Ainda morninhos, comi metade de um grande, enquanto o P. deu conta da outra metade. Ainda bem que já era muito tarde e não podiamos ir de papo cheio para a cama, senão acho que tinhamos virado o tabuleiro de uma só vez, lol! :D

quinta-feira, 22 de julho de 2010

caixa-de-ovos reciclada


Quem diria que seria uma caixa-de-ovos vazia a resolver um problema que me andava a causar uma valente urticária de há algum tempo a esta parte.

Assim que dei conta dos ovos, a caixa foi guardada com o propósito de servir para o pequeno-novo-projecto que tinha a fervilhar na cabeça.

A caixa parecia ter sido feita à medida do lugar que lhe havia destinado.

Como gosto de ver as coisas mais bonitinhas acabei por pintá-la de castanho clarinho e forrar a parte interior mais larga com papel autocolante (mariquices minhas porque a caixa nem sequer seria para ficar à vista).


Mas afinal qual era o problema que me andava a fazer tanta comichão?


O problema era esta gaveta do w.c. onde eu e o P. guardamos pequenas miudezas nossas que estão sempre a uso, tipo: pinças, tesoura, corta-unhas, bocal do secador-de-cabelo, etc...

tudo o que temos necessidade de ter sempre à mão era colocado de forma indiscriminada dentro desta gaveta.

A solução passava por um organizador, mais especificamente pela minha caixa-de-ovos. Ora vejam:



Agora sim! Agora tudo está arrumadinho no sítio certo, à vista e fácil de achar, sem ter de andar a revolver a gaveta por ter as coisas ao monte :)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Rubrica das Leitoras #7

Vai para 15 dias que recebi pela primeira vez um e-mail da Paula M. que dizia o seguinte:

"Olá Luarte, envio fotos de algumas ideias desenvolvidas e inspiradas a 100% pelo seu blog. Deu nisto!!! :p Espero que goste".

Pelo nome, não me recordava de alguma vez ter lido algum comentário deixado no blog por esta leitora. Achei curioso este primeiro contacto ...

Fui abrir os anexos e fiquei realmente surpreendida com as fotos que vi.

A Paula tem imenso talento e criatividade.

Respondi-lhe e agradeci a partilha das fotos, mas à partida não estava a ver como é que o meu blog tinha sido uma fonte de inspiração para ela. Tudo quanto vi pareceu-me ser apenas fruto do seu talento e imaginação.

A Paula gentilmente voltou a responder-me e a esclarecer todas as minhas dúvidas e a saciar a minha curiosidade.

Deixo aqui parte da sua resposta e aproveito e partilho convosco as mencionadas fotos que me enviou (agradeço desde já ter aceitado o meu convite a participar na Rubrica das Leitoras):

"Pode parecer que n há ligação entre as coisas que fiz e as suas propostas, mas há!!! Só não saí de casa para fazer compras, isto é: baseada nas suas (excelentes!) ideias, olhei à volta e pensei onde poderia aplicá-las. Assim:

- Das estrelas do mar que já a vi usar em várias fotos, lembrei-me que tinha algumas coisas da praia - seixos, conchas - acrescentei umas estrelinhas pequenas que tinha em casa, e criei a decoração do suporte para velas;


- A partir da sua sapateira, agora no wc para guardar o papel higiénico, resolvi um problema: tinha 2 colunas em madeira para CD´s, também do IKEA, que já n ficavam bem na sala; tinha falta de um móvel/armário no wc e pouco espaço disponível; agora as colunas estão no wc com a minha tralha toda arrumadinha!



- Das suas propostas para aproveitar latas, e n tendo latas em casa (uso poucos enlatados) lembrei-me de aproveitar os frascos de compota para guardar especiarias;

Uma ideia disparatada para aproveitar frascos de compota,
o resto de uns estores do IKEA, cartolina e ráfia...
agora guardam especiarias. Serão melhorados com o tempo...

- Das suas diversas fotos com a decoração da sala, nasceram cá em casa cantos e recantos especiais, sabe, aquele toque diferente que n se compra nas lojas... daí, pintei de cinza e branco (...) os móveis já velhotes, e fiz tantas outras coisas...




Tinha móveis em pinho, já com algumas décadas...
foram pintados e restaurados. Cara nova! Optei por esta cor
pq ficava lindamente na sala onde estavam originalmente.

"Alfazema...para dar um toque diferente a um recanto que de especial não tinha nada!"


"Os vasos de barro simples cá em casa não escapam à fúria do
pincel :p, estes foram pintados e decorados com materiais
reciclados e servem para guardar pequenos objectos."

- (...) não lhe enviei fotos, mas da sua ideia de forrar a D. Antónia ;-) e o livro de receitas, forrei com papel umas caixas que tinha fora de uso e que agora guardam os meus materiais de trabalhos manuais. E por aí fora...".

Eu gostei tanto que ela me tivesse mostrado estas fotos :)

Até já lhe sugeri que criasse um blog, pois acho que além do imenso jeito e gosto que tem, seria muito interessante partilhar com outras pessoas as suas ideias. É bom existirem espaços que nos convidam e desafiam a nossa vontade a criar, a modificar, a reciclar... a melhorar. Eu cá tenho aprendido imenso desde que criei este meu pequeno e modesto cantinho. E também é verdade que fico sempre muito contente quando me dizem que a partir dele tiraram esta ou aquela ideia. Sinto-me útil :)

A Paula respondeu-me que tem imensas ideias (tanta matéria-prima) mas não saberia por onde começar. Ai, ai, ai! O que custa é o arranque depois tudo flui e também não tem de haver um motivo de peso para se criar um lugar de partilha de ideias, apesar de eu até achar que há.

Se mudar de casa há menos de 1 mês, e ter de adaptar todas os nossos pertences ao novo espaço, não é um motivo mais do que suficiente, então não sei que motivo poderá existir com maior legitimidade :P

Tenho a certeza que mais do que noutra situação qualquer, a Paula tem de puxar e muito pela imaginação para tudo ficar ao seu gosto.

Eu quero conhecer o futuro blog da Paula e aposto que aqui as meninas que me lêem também têm curiosidade em conhecê-lo? Não é verdade?

Obrigada, muito obrigada, Paula por me mostrares estes teus encantadores trabalhos. Fiquei fã! :)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Tendências e modelitos no w.c.

Se constantemente fazemos combinações com a roupa que usamos, por que não fazer o mesmo com a "roupa" da casa de banho?

É isso que faço cá em casa.

Por isso, dá sempre jeito ter algumas toalhas lisas de várias cores. Porquê?

Porque podemos fazer imensas combinações com outras toalhas com padrões, ou mesmo lisas noutros tons.

Assim não há mais razões para:

- inviabilizar aquele conjunto de toalhas que ficou posto de parte, só porque se estragou uma das toalhas.

- deixar de misturar o novo com o velho.

- nos sentirmos tão facilmente fartas e cansadas das toalhas lá de casa.

- não termos muitos e variados outfits, e sempre com o mesmo número de atoalhados em casa.

Eu sempre fiz esse género de combinações, sobretudo na casa de banho pequena, onde só tenho de usar toalhas de rosto.

Apresento-vos 3 modelitos, dos muitos que vão desfilando na mesma "passerelle".


Modelito nº. 1


Modelito nº. 2


Modelito nº. 3

Gosto destas coisas... de inventar e quebrar a monotonia nos pequenos detalhes.

Beijinhos e uma óptima semana para vocês.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Conservar frutas e vegetais

De que vale ter cuidados na hora de os escolher, se depois chegamos a casa e os deixamos estragar?

É bem verdade que nem sempre se revela uma tarefa fácil conservá-los frescos, o máximo de tempo possível. Eu ando a aprender.

Eu não sei que truques vocês usam, mas eu partilho alguns que me têm dado muito jeito.

Fruta.

Para retardar o seu rápido amadurecimento, de verão vai toda para o frigorífico. Até sabe melhor fresquinha. De inverno pode-se fazer o mesmo, tendo o cuidado de a retirar com algum tempo de antecedência, antes de ser consumida.

Alface.

A alface, até há bem pouco tempo atrás, era um vegetal que acabava quase sempre por se estragar cá em casa. Não obstante o esforço em escolher repolhos pequeninos.

Tal como vinha do supermercado, no saco de plástico, assim ia para o frigorífico. Chegava a salpicá-la de água, mas a diferença era pouca. Alguns dias depois as folhas exteriores começavam a apresentar sinais de quererem murchar e, a pouco e pouco, o contágio propagava-se às folhas interiores.

Começou a aborrecer-me esta situação e desisti. Deixei de comprar alfaces, e passei para os sacos de saladas pré-feitas. Porém, esta solução rapidamente revelou os seus defeitos. Saía muito mais cara; o sabor não era o mesmo (ainda me andei a mentalizar que sim, que era só impressão minha); e o tempo de validade também é curto (pudera, a alface e outros legumes estão já cortados aos pedaços).

Não satisfeita, voltei à alface fresca, e passei a fazer o seguinte, depois de voltar do supermercado:
1) desfolhar a alface toda;
2) lavar folha por folha;
3) Sobrepôr todas as folhas numa caixa tupperware, cuja base é coberta por um pano de cozinha molhado.

O pano molhado mantém a humidade e a frescura das folhas. E agora, sempre que preciso de alface, tenho-a prontinha a ser consumida, e fresca por muito mais tempo!

Abacaxi.

Cá em casa comemo-lo com muita frequência, não só como sobremesa, mas como acompanhamento em grelhados. Além de ser uma fruta rica em fibras, sais minerais e vitaminas A, B e C, o abacaxi, ao mesmo tempo que desenjoa, devido à sua acidez, ajuda e estimula na digestão das proteínas, graças à enzima bromelina.

Antes colocava-o inteiro no frigorífico. As rodelas iam sendo cortadas, conforme ia sendo consumido. Só depois as descascava. Que trabalheira! Detestava esta parte. Além disso e apesar de manter a rama até ao fim, o abacaxi ao fim de uma semana e uns dias começava a dar mostras de alterações no sabor. Aquela frescura que tão bem o caracteriza perdia qualidades.

Numa não muito distante ida ao supermercado, reparei que havia abacaxi inteiro, na bancada das frutas, e abacaxi descascado e embalado, no lugar dos frescos. Sabem qual a diferença de preço de um para o outro? O descascado, com o mesmo peso, era 3 vezes mais caro! Roubos destes, só se me apanharem muito distraída!

Mas esta chamada de atenção convidou-me a adoptar uma nova estratégia.

Agora, quando compro abacaxi, a primeira coisa que faço quando o tiro do saco das compras é ir buscar a tábua e uma faca afiada e zás... corto-lhe as extremidades. Depois "sento-o" e corto lascas de cima abaixo, isto é, verticalmente, e a toda a volta. Descascá-lo inteiro é muito, mas muito mais fácil. Em menos de um minuto o meu abacaxi fica desnudado.

Normalmente divido-o em duas partes iguais e coloco-as dentro de duas caixas que vão ao frigorífico. Quando preciso é só cortar a quantidade de rodelas necessárias. O ananás está sempre fresco até ao fim.

Quanto às caixas, sempre que é possível prefiro as herméticas com vácuo (tal como mostro na última imagem).

Estas caixas são óptimas porque, ao permitirem que se extraia o ar, os alimentos duram o triplo do tempo que durariam em condições normais dentro das caixas mais comuns. Eu tenho um conjunto de 5 de tamanhos diferentes, oferecidas há uns 3 anos pelo meu pai, que as foi comprando e coleccionando pelo Jornal Correio da Manhã.

Desde que as conheci que me tornei fã. Não se vêem em muitos sítios à venda, mas ainda há menos de um mês as vi no LIDL. Fiquei vai não vai para comprar mais e acabei por não as trazer. Mas da próxima trago mesmo. Vêm acompanhadas de uma bomba de extracção de ar. Guardo nelas todo o tipo de frescos e comida feita.

Pimentos.

Gosto muito! Verdes, vermelhos, amarelos, venham eles.

Uso muito na cozinha, quer em saladas, como em diferentes pratos de carne, peixe, massas. Os que são para cozinhar, congelo.

Chego a casa, lavo-os, corto-os ao meio, retiro-lhes todas as sementes e, por fim, corto-os às tiras e congelo. É assim que garanto que nunca faltem pimentos nos meus pratos.

A vegetais e frutos com características semelhantes aplico normalmente os mesmos truques de conservação.

Aprender a conservar, ajuda em muito a poupar :)

sábado, 10 de julho de 2010

Moda(s)


A Sarokas, do cantinho As minhas 1001 Ideias desafiou-me a responder a um questionário de moda. Vamos lá ver se consigo estar à altura das perguntas colocadas :P

1. Peça de roupa preferida: Vestidos. São a marca do feminino.

2. Loja onde te perdes a fazer compras: Dificilmente sou fiel a alguma loja, vou a todas. Mas destaco a Zara, a Promod, Mango por serem aquelas onde acabo por comprar mais peças de roupa.

3. A peça mais cara que tens no armário: O meu vestido de noiva.

4. Que peça de roupa nunca vestirias? Nunca digo nunca. Hoje não gosto e amanhã quem sabe...

5. Quantos pares de sapatos tens? Sapatos podem ir desde o chinelo até à bota? Devo ter uns 20/25.

6. Que cor nunca usarias? Todas as cores têm o seu encanto, por isso não me recuso a vestir nenhuma em especial, apesar de preferir umas mais do que outras.

7. Regra de moda que consideras infalível: Quando se mudam os tempos, mudam-se as vontades e, automaticamente ditam-se novas regras (prefiro chamar-lhes tendências) que vêm substituir as anteriores. Por isso, todas as regras são falíveis.

8. Qual a regra de moda que gostarias de ver quebrada: não me rejo por modas, por isso visto e uso o que gosto, independentemente de estar ou não na moda. No entanto, há uma moda que não consigo perceber. Mesmo não se tendo umas unhas de sonho, ou aquelas que desejariamos ter, não serão preferíveis a umas unhas de gel, que têm tanto de natural quanto uma cabeleira postiça? Não é suposto parecerem naturais?! Salvo raríssimas excepções, quase todas elas apresentam uma grossura, ai jasus... Não é preciso perceber-se do assunto para ver que falso, mais falso não há :P

9. Na maior parte das vezes vão encontrar-te de... (descreve o estilo que usas com mais frequência): nunca me vão encontrar igual, porque ora estou de vestido, ora de calças, ora de saia.. sou muito camaleónica.

Passo este desafio a todas as leitoras que gostem de moda. Sintam-se convidadas!

Beijocas e o resto de um bom fim-de-semana :)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A aprender a poupar

Eu gosto de poupar! Poupar naquilo que posso e quero para poder gastar noutras coisas. Fazer poupanças e saber que se precisar tenho para gastar. Detesto esbanjar, desperdiçar, gastar só por gastar.

Quando vou ao supermercado, claro que comparo preços, compro muitos produtos de marca branca. Se me oferecem resultados de qualidade, porque hei-de gastar mais? Só se não gostar, ou não estiver totalmente satisfeita, é que prefiro os produtos de marca. E, assim, vou poupando uns trocos.

Sempre cresci e fui educada pelos meus pais a comprar apenas aquilo que posso. Por isso, e exceptuando a casa, porque de outra forma nunca a teria, não sei o que é comprar nada que não seja a pronto pagamento. Se tenho compro, se não tenho poupo até poder comprar, mesmo que isso implique meses ou anos de espera. Se não dá mesmo para ter o Ferrari, compra-se o Fiat. Se não dá para comprar novo, compra-se usado. Estou-me nas tintas para o "parecer". Não sei o que o futuro me reserva, mas espero continuar sempre a aplicar esta política nas despesas cá de casa.

Por outro lado, sinto que ando a conseguir gerir melhor certos gastos.

Não sou organizada ao ponto de fazer contas, de ter tudo numa folhinha de excel, tabelas de preços, e mais não sei o quê... Isso não faço, se calhar porque nunca senti necessidade de controlar as finanças cá de casa, mas sinto que cada vez gasto melhor.

Para mim gastar melhor significa gastar cada vez menos em coisas que não preciso, que não me fazem falta.

Se há coisas que posso e sei fazer porquê ir comprar ou mandar fazer?

Se posso reciclar porquê deitar fora?

Se o mais certo é só usar 1 ou 2 vezes, valerá assim tão a pena comprar ou gastar tanto?

Etc., etc., etc...

Os saldos. Está oficialmente aberta a época de saldos. São uma excelente oportunidade de comprar roupa e outras coisas a preços muito mais simpáticos. Porém, não tenciono ir aos saldos. Pode parecer estranho, quando até há bem pouco tempo era isso que eu fazia - ir às lojas para ver o que existe ao preço da chuva.

Já cheguei à conclusão que os saldos são um logro. Quando preciso ou quero muito uma coisa não espero pelos saldos. Compro-a. E salvo raríssimas excepções, é um engano pensar-se que se poupa nos saldos. Os saldos não existem para o consumidor poupar, existem para o consumidor gastar. Os saldos criam necessidades que não existiam antes. Vemos isto e aquilo a 50/70%, ou até mais, de desconto e, automaticamente, pensamos que é uma burrice se não comprarmos, afinal é uma oportunidade única. E os saldos são isto, um somar de oportunidades únicas. O que comprámos fazia-nos tanta falta assim? Este é o chamado prazer ilusório das compras baratas.

Eu contra mim falo!

Ultimamente tem-me dado imenso gozo perder algum tempo a olhar para o roupeiro. Nem vos passa pela cabeça as coisas que tenho descoberto, o número de novas combinações que tenho para "estrear". Convidei-me a fazer este exercício. E vocês podem fazer o mesmo. Tudo se resume a pensar tudo de novo, como se tivessemos acabado de receber aquele guarda-roupa que está à nossa frente. Um exercício de formatação, de Reset. Este é um exercício realmente criativo, um verdadeiro desafio à imaginação. E no fim estamos a poupar.

Um dos grandes problemas com que actualmente nos debatemos é a quantidade de coisas que temos em casa, fruto de um consumismo exacerbado. Quase sempre vejo as pessoas a queixarem-se da falta de espaço para a roupa, para os sapatos, para um sem número de coisas.

A solução não está em dar ou deitar fora, quando no momento seguinte se vai comprar mais. Que raio de solução é essa? Significa desperdício atrás de desperdício.

Eu contra mim falo!

A solução não passa por inventar mil e uma estratégias de organização. Ajuda, mas não resolve.

Eu contra mim falo!

A tendência da maior parte de nós é pensar tudo ao contrário. Primeiro compra-se, depois logo se vê onde se coloca. Algum buraquinho há-de haver...

E hoje deu-me para desabafar, porque pensar em tudo isto cria-me defesas muito úteis na hora de gastar :)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Rubrica das Leitoras #6

Este post também daria um magnífico subtítulo do género: O que os passarinhos da Beta penaram para cá chegar!

Eu cá diverti-me muito com as peripécias que a Beta me foi contando. Ela é que não deve ter achado a mesma piada :P

Mas para perceberem melhor esta história, comecemos pelo início.

Há coisa de 1 mês e tal a Beta contou-me que tinha em casa uma árvore que morreu. Nunca a conseguiu deitar fora.

Apesar de já só ser ramos secos, gosta tanto dela que foi incapaz de a pôr no lixo ou na lareira (eu cá também teria escolhido fazer o mesmo).

Mas também não sabia o que fazer com ela...

Até ao dia em que viu estes meus passarinhos. Achou a ideia tão linda e fácil que se julgou, de imediato, capaz de dar nova vida à sua velha árvore.

Assumiu-se sempre como alguém com muito pouco jeitinho para trabalhos manuais, mas ficou confiante que este trabalho de corte e colagem não a iria deixar ficar mal.

Primeiro entrave: não conseguia encontrar um molde que gostasse. Moldes até havia muitos pela net, mas ela queria um que fosse o mais semelhante possível ao meu, por ser tão redondinho.

Infelizmente estava complicado ajudá-la. Não fiquei com nenhum molde porque os meus foram desenhados cá em casa.

Mas a Beta é uma desenrascada e como quem não tem cão caça com gato, tratou de arranjar uma solução à sua medida: foi ao meu blog, guardou a imagem close-up do passarinho, inseriu-a no word, aumentou para o tamanho desejado e imprimiu 2 vezes. Numa recortou o corpo, na outra só a asa. Já tinha as peças que precisava!

Depois foi só procurar na net pautas, a sua música preferida e experimentar várias tipos e tamanhos de letra...

Só faltava arranjar o cartão para o molde e colar.

Citando as suas próprias palavras: "Como tinha uns separadores velhinhos achei que servia e toca de cortar tudo, colar, recortar um bocadinho para dar margem para queimar e fogão com eles…….nao sabia se havia de rir ou chorar….queimou tudinho. Os meus dedos inclusivé!!!!"

Os separadores reciclados não resultaram e era uma vez uns passarinhos!!! Foram incinerados!

Nada de desistir, vamos à segunda tentativa.

"Tenho de fazer outra vez até acertar. Com o cartão de uma caixa para envio postal fica mal cortado (é mt grosso) e quando queimei ficaram umas partes mal feitas mas acho k já lhe apanhei o jeito".

Terceira tentativa...

O melhor é desfazer uma caixa de cereais e fazer tudo outra vez!!!!

Finalmente, e ao fim de mais de um mês de trabalho de parto, os passarinhos nasceram há pouquíssimos dias :)

A Beta partilhou comigo as fotos e no final do email diz-me:

"PS: consegues ver o passarinho mais no cimo? o primeiro? é o teu! uma pequena homenagem a quem eu roubei a ideia... Vou tentar tirar uma foto mais de perto…tu n sabes mas os teus passarinhos tiveram inveja dos teus quadros do wc e acharam k se eles tiveram filhotes (os quadros) os passarinhso (e passarinhas) tb podiam, so k para n reparares mandaram o filhote para minha casa e ele pousou no raminho mais alto. A diferença é que ele tem a música do Pedro Abrunhosa na asa e os meus têm o ONE dos U2. Mas eles dão-se todos bem e aceitam as diferenças entre si".

Que querida! Não há-de uma pessoa derreter-se com miminhos destes. Fiquei muito feliz pelo seu gesto tão simpático e genuíno e por ter querido tão espontaneamente uma "lembrança" minha lá por casa.

Mas a Beta não ficou totalmente satisfeita com o resultado final (e depois a perfeccionista sou eu :P).

"Os meus passarinhos foram impressos em papel normal pk n tenho tinteiros e mandei imprimir aqui no trabalho e nem me lembrei do papel reciclado….mas achei-os mt branquinhos e dei logo c o café mas ainda os acho brancos demais provavelmente pk é tudo mt amarelado na zona em k estão…ele é cortinado creme e laranja, ele é arvore creme, ele é quadro c/ castanho e laranja….os passarinhos estão a destoar …"

Desta vez, decidiu não ser tão afoita e não arriscar demasiado. Depois dos percalços anteriores, o receio que os passarinhos perdessem a vida por afogamento em café, não era assim tão disparatado. Aproveitando as temperaturas que se têm feito sentir, talvez pô-los a apanhar banhos de sol à janela, não fosse má ideia. Mas, e se batessem de novo a bota por desidratação?

Com um saquinho de chá usado... Eles ficam bronzeados num instante e sem correrem mais riscos :)

Independentemente da cor, ou falta dela, acho que os passarinhos ficaram muito bonitos, o resto são pormenores que com o tempo se podem ir aperfeiçoando. Não fiques cabisbaixa com os resultados porque ficaram mesmo giros. E o que dizer da tua árvore seca... mete o meu arbustinho num canto :P




Depois das férias a Beta vai fazer mais passarinhos. Vai ser cá uma chilreada na sua casa :)

P.S. Espero que não te importes e não te zangues por te ter citado, mas achei que só as minhas palavras seriam muito pobrezinhas para ilustrar toda esta história.

Beijinhos com muitos piu-pius à mistura! :)

domingo, 4 de julho de 2010

A coisa está preta :P

Sou tão doceira, tão doceira, que só ao fim de um ano de aqui morar, é que me decido a fazer um bolo :P

E o motivo nem sequer foi porque me(nos) tivesse dado um desejo louco de bolo, ou tivesse surgido alguma ocasião especial. Nada disso!

Aliás, somos muito pouco boleiros e os doces aqui também são muito fáceis de se gerirem: se existem comem-se ou vão-se comendo, se não existem não nos fazem falta.

Mas recentemente atravesso uma fase em que preciso de encontrar alternativas viáveis e altamente competitivas ao caixote do lixo.

Na sexta-feira continuava a ter duas bananas a arrastarem-se cá por casa. Na altura vieram verdes num cacho. Coloquei-as no frigorífico. Havia muita outra fruta a precisar de ser comida. Ao fim de algum tempo o cacho veio parar à fruteira.

Nem a mim, nem ao P., nos andava a apetecer bananas. Sobraram duas e as pobres coitadas, alguns dias depois, foram novamente recambiadas para o frigorífico.

Não sei se vos acontece o mesmo. Cá em casa quando há pouca fruta apetece-nos fruta, apetece-nos variedade de fruta... E quando a há com fartura, anda para aqui a rebolar de um lado para o outro e ninguém anda com vontade dela.

Tirei as ditas bananas do frigorífico. Que rico aspecto!


Bem sei que é uma vergonha mostrá-las, mas é só para verem em que estado as pobres coitadas se encontravam.

Lá fui eu à busca de nova receita de aproveitamento de fruta, mais especificamente de bananas. Não me estava a apetecer nenhum batido. E foi assim que surgiu a receita do bolo de banana e canela.

Mais uma vez, é uma receita super fácil e não dá trabalho nenhum (como eu disse anteriormente, a alternativa tinha de ser altamente competitiva ao caixote do lixo :P )

Ingredientes:
250 gr de bananas
200 gr de açúcar
300 gr de farinha
100 ml de leite
100 ml de óleo
2 ovos
1 colher de chá bem cheia de fermento
1 colher de chá bem cheia de canela

Preparação:
1) Na liquidificadora batem-se ao mesmo tempo as bananas com o leite, o óleo, os ovos, o açúcar e a canela.

2) Numa tigela verte-se o preparado anterior e adiciona-se a farinha e o fermento. Com a ajuda de uma colher-de-pau envolve-se tudo até ficarmos com uma massa homogénea.

3) Verte-se a massa para uma forma untada e enfarinhada (eu substituo o típico ritual da margarina por um fio de óleo que coloco no fundo da forma e espalho com a ajuda de um guardanapo) e decora-se o topo com rodelas de banana.

Para decorar usei de uma terceira banana não tão maltratada :P

4) Leva-se ao forno pré-aquecido a 180º C durante cerca de 30 minutos.

O bolo ficou muito saboroso :)

Notas:
1) É certo que o óleo dá uma textura espectacular ao bolo, mas havendo uma alternativa melhor preferia-a sem hesitar (apesar de a quantidade nem ser muito grande, óleo é coisa que tento evitar sempre que possa). Ideias precisam-se...

E vocês, como aproveitam as bananas maduras aí em casa?

Beijocas e o resto de um bom fim-de-semana